sábado, 13 de janeiro de 2018

UMA ROSA PARA PRISCILA.


                   
 A maior alegria da minha vida foi quando fui pai  pela primeira vez, no dia 15 de janeiro, na década de 80, quando nasceu a minha querida filha, Priscila, por volta das 13 horas, na maternidade do hospital da policia militar de Pernambuco, no bairro do Derby, na capital pernambucana.


Quando a Dra.  Geraldina me chamou para adentrar á sala de parto e exibiu-me aquela bebezinha linda, de cabelos pretos, chorando e esperneando, senti tamanha emoção que me fez  sorri e chorar ao mesmo tempo. Naquela noite não dormi, estava de caneta em punho e várias folhas de papel preparando uma longa lista de nomes para que eu e a Jane escolhêssemos o nome da nossa bebezinha.


A Priscila foi criada com muito mimo e com muito carinho. Ela era bem gordinha e adorava cantarolar uma música do Alceu Valença que fazia sucesso na época “MorenaTropicana” e de tomar banho de mar que  a  mãe dela, a Jane, a levava a praia do Pina, que ficava a poucos minutos da nossa casa na Rua Jequitibás, no bairro do Cabanga em Recife.


 A partir dos 4 meses aos 3 anos de idade, todas as manhãs eu passeava com a Priscila, nos braços, pelas Ruas do bairro do Cabanga,  e saia “roubando” flores nos jardins e muros da vizinhança para adornar a cabeça da minha pequena Princesa com uma “coroa” de flores.


Foi uma época muito boa da minha vida com uma situação financeira boa e uma vida feliz com a minha esposa e filha, porem, por ironia do destino, certa madrugada,  nossa casa foi assaltada por um bando de marginais que roubaram nossos pertences e objetos de clientes e a partir de então a mãe da Jane começou a nos pressionar para que ela voltasse para São  Paulo.


Ao chegar  a capital do estado de São Paulo, depois de perder todo  patrimônio,e da vida tranquila que levava em Recife, morando de favor na casa da sogra fui acometido de forte depressão afastando-me da família e fui morar na favela Heliópolis. O  tempo passou tão depressa e hoje, morando muito distante da minha primeira filha só me resta recordar dos tempos em que eu “roubava” uma Rosa para a Priscila e desejar a ela Parabéns e um Feliz aniversário  com muita saúde, paz e prosperidades!


Escrito por Cláudio Lima.


Café com Claudinha / Recordações de  40 anos de militância. 




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