A década de 80 começou para mim com uma das
maiores alegrias do ser humano: O nascimento da Priscila, a minha primeira
filha..
O ano de 1983,
deixou-me uma marca profunda que mudou
totalmente o rumo da minha vida e foi causador da desestruturação da minha
família, ao ser vítima de um assalto por
um bando de marginais armados que
durante a madrugada invadiram á minha residência e roubaram móveis,
utensílios e objetos de uso pessoal e
outros valores pertencentes a clientes e transportaram num caminhão.
Após esse assalto fui morar
na casa da minha ex-sogra em São Paulo, e ao me dá conta de que havia perdido
tudo que possuía e morando de favor na casa da sogra fui acometido de forte
depressão que por consequência afastei-me da família e incentivado por um casal de amigos, o mineiro
de Nepomuceno, Zé-maria Cláudio e a sua
esposa, a Alagoana Marina, fui morar na favela Heliópolis, no bairro aristocrático
do Ipiranga, na zona Oeste de São Paulo.
O ano de 1984, foi
importante para mim porque com a convivência com os moradores fui indicado membro
da Comissão de Organização e legalização da favela Heliópolis e ao dedicar-me
com afinco na luta pela urbanização e posse da terra, recuperei-me do estado
depressivo e neste mesmo ano conheci a Pernambucana Norma Lúcia, com quem
mantive um relacionamento amoroso e descobrimos uma grande afinidade de
pensamentos e ações que culminaram com a fundação da Associação Central dos
Moradores de Heliópolis, da qual fui eleito Presidente e a
Norma Lucia, a Primeira Secretária.
O ano de 1985, iniciou-se
com muita tristeza pela derrota da Emenda Dante de Oliveira, no Congresso
Nacional, que propunha Eleições diretas para Presidente da República, e que
mobilizou o Brasil inteiro através do Movimento pelas “Diretas, Já!”
Depois de 21 anos de
Ditadura Militar onde os Generais Golpistas de 1964, se revezavam no poder, o
Congresso Nacional elegeu de forma
indireta a chapa formada por Tancredo
Neves e José Sarney, dando inicio a um novo período na política nacional com a
criação da Nova República tendo como Presidente Civil o Maranhense José Sarney,
que assumiu o cargo no lugar do Tancredo Neves, que faleceu poucos dias antes
da posse.
Ainda no ano de 1985, fui
eleito membro do Diretório Distrital do
MDB, do Ipiranga, e Diretor de Educação e Cultura, do Conselho Coordenador das
Favelas de São Paulo, onde, juntamente com o Padre Tranquilo Moterle lançamos o
projeto “Garimpeiros da Cultura”
O Mês de março, ficou
marcado por uma alegria muito grande para mim e a Norma Lúcia, pelo nascimento
da nossa filha Claudinha, na maternidade do Hospital do Ipiranga.
No ano de 1986, pude
comemorar três grandes alegrias o meu retorno de São Paulo para fincar morada
definitiva no Estado de Pernambuco, no inicio do ano, e logo no mês seguinte, comemorei a minha
segunda realização no plano pessoal como ser humano com o nascimento do
Diógenes, meu primeiro filho do sexo masculino; E, no campo da política, participei da campanha
vitoriosa do grande líder popular Doutor Miguel Arraes de Alencar, na sua volta
triunfal ao Palácio das Princesas, eleito Governador de Pernambuco.
Ainda no ano de 1986, fui
convidado pelo então Deputado Estadual, por Pernambuco, Luciano Siqueira, para
filiar-me e arrebanhar novos filiados para reconstruir o Partido Comunista do
Brasil, na cidade operária de Paulista e na sequencia fui indicado pela
Executiva Estadual do PC do B, presidente da Comissão Municipal Diretora
Provisória do PCdoB, de Paulista;
No primeiro semestre de
1986, juntamente com os líderes comunitários de Paulista participei da fundação
da Federação Paulistense de Entidades comunitárias ( FEPEC) e viajamos para
participar do 4° CONAM – 4º Congresso Nacional das Associações de Moradores, em
Brasilia – DF;
No ano de 1988, fui inscrito
pelo PC do B, como candidato a Vereador com o objetivo de difundir os ideais
socialistas e filiar o maior número
possível de operários e implantar bases comunistas nas fábricas de
Paulista e fazer a campanha Majoritária
do Engenheiro Roberto Rego para Prefeito da cidade.
A ultima e mais emocionante
participação minha nas atividades políticas da década de 80, se deu no meu
retorno à capital Paulistana, no ano de 1989, quando voltei a morar na favela
Heliópolis e, por indicação do Diretório Zonal do PC do B, da zona Oeste da
capital de São Paulo, fiz parte da
Coordenação da campanha da Frente Brasil Popular, naquela região, formada pela
chapa Luis Inácio Lula da Silva, para presidente do Brasil e José
Paulo Bisol, para vice-presidente.
Obs:
Escrevi este artigo para
relembra-me do ano de 1986, e prestar uma homenagem ao meu filho Diógenes
Dionísio do Nascimento Lima que completa idade nova nesta quinta-feira, 07 de
junho de 2018.
Parabéns, Diógenes!
Feliz aniversário!
Muita saúde, paz e que Deus
ilumine a sua vida para que você possa alcançar seus objetivos!
Abraços!
Café com Claudinha e as
recordações de 40 anos de militância pelas causas sociais.
Escrito por Cláudio Lima.
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