A partir da
meia-noite desta segunda-feira (1°), a Região Metropolitana do Recife (RMR)
estará com um menor número de ônibus nas ruas devido o início da greve de
motoristas, cobradores e fiscais rodoviários. A paralisação, que será por tempo
indeterminado, foi deflagrada na última terça-feira (25) após o impasse da
última rodada de negociações com o sindicato patronal.
Na última
sexta-feira (28), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT 6ª Região) expediu uma
liminar determinando que 80% da frota dos coletivos deverão de ser mantidos
durante os horários de pico, das 5h30 às 9h e das 17h às 20h. Depois desse
horário, pelo menos 50% do efetivo deve estar nas ruas. A categoria, contudo,
garantiu que vai ocorrer a manifestação.
“Estamos
revoltados por ter nosso direito de greve cerceado. O que podemos garantir é
que vai haver movimento grevista amanhã, só não podemos revelar a forma como
será feito por questões estratégicas. Mas não abriremos mão dos nossos
direitos”, disse um dos líderes da Oposição Rodoviária de Verdade - CSP
Conlutas, Aldo Lima. A reportagem contatou o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Rodoviários, Patrício Magalhães, mas ele não atendeu as ligações.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 33%, aumento do tíquete alimentação
(de R$ 160 para R$ 350), entre outros benefícios.
Por meio de nota
enviada à Imprensa neste domingo (30), as Empresas de Transporte Integrado
(Urbana-PE) afirmou que “continua apostando no diálogo com os rodoviários” e
que tem formulado propostas, mas que as mesmas foram recusadas. Segundo o
documento, a categoria tem “apresentado propostas exageradamente elevadas e
totalmente fora do contexto” das negociações e que “seu atendimento impactaria
excessivamente nos custos do transporte público”. Ainda de acordo com a nota,
90% dos itens da pauta foram conciliados e restariam apenas sete pontos, mas
entidade afirmou estar “aberta à negociação coletiva e espera que os
percentuais determinados na justiça sejam cumpridos”.
Durante todo o
período de paralisação, a Urbana-PE fica impedida de contratar profissionais
para substituir os grevistas, bem como demitir qualquer um dos funcionários.
Com o objetivo de minimizar os transtornos, o Metrorec informou que vai
disponibilizar mais trens em todas as linhas nos horários de pico (das 6h às
8h30 e das 17h às 19h30) e poderá estender os horários de acordo com a demanda.
Fonte: Folha de Pernambuco.
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