Postado por Magno Martins às 06:00
PSB namora Alckmin
Faltando ainda três anos e meio para eleição presidencial, já dá para
perceber, nitidamente, uma clara divisão no PSDB entre os adeptos de
uma nova postulação do senador Aécio Neves (MG), que perdeu apertado
para Dilma no segundo turno, e o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin.
A esperada fusão do PPS ao PSDB, desenhada pelo tucanato com o aval
de Roberto Freire, acabou não ocorrendo. Surpreendentemente, se dá com o
reverso da moeda, o PSB, vazando, ontem, que seria obra de um parceiro
aliado de Alckmin, o vice-governador Márcio França, para garantir, desde
já, o suporte de uma aliança capaz de dar sustentação à candidatura
presidencial do governador paulista.
Já se disse que o PSDB é um partido que não prospera por ter mais
caciques do que índios. Quando Serra achava que teria vez foi atropelado
por Alckmin. Mais na frente, em nova tentativa, emplacou a candidatura,
mas assistiu Aécio cruzar os braços em Minas Gerais. São Paulo e Minas
são os maiores santuários tucanos, mas vivem sempre se bicando.
Em São Paulo, ninguém tem mais dúvidas de que o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso tem mais simpatia hoje pela alternativa
Alckmin, mas Serra, eleito senador, ainda não arquivou a ideia de tentar
disputar, mais uma vez, a Presidência da República, desta feita a
terceira.
Sem o apoio de Minas, nenhum projeto tucano paulista prospera e a
regra se aplica inversamente, ou seja, sem o braço de São Paulo, maior
colégio eleitoral do País, Minas vira uma minhoca. Quem vai ganhar essa
parada em 2018 só o tempo dirá, mas Alckmin, governador paulista por
quatro mandatos, tem mais trunfos como gestor para ganhar essa queda de
braço frente a Aécio.
O PSB, que detém a Vice-governadoria em São Paulo, ocupada por um
eduardista histórico, namora a candidatura de Alckmin e tem,
estrategicamente, mais ligação e relação com ele do que com Aécio,
podendo ocupar um papel decisivo no fritar dos ovos, quando for aberta a
discussão do nome tucano para disputar o Planalto.
VERSÃO DE CANDIDATO – De Alckmin sobre a fusão do
PPS ao PSB: "Não é razoável ter 32 partidos, mais três para ter o
registro agora, mais 26 na fila. Isso é ingovernabilidade, não existe no
mundo. Então esta fusão é louvável duplamente, porque são menos
partidos, partidos mais estruturados e mais programáticos. São dois
partidos que não são iguais, mas que têm um programa muito próximo. É
bom para a democracia."
Virando realidade- Enfim, as
obras do trecho da estrada que liga o distrito de Albuquerquené a
Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, autorizadas pelo governador
Paulo Câmara (PSB) no dia 4 de janeiro, estão caminhando em ritmo mais
veloz. Segundo o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira, a
inauguração pode ocorrer entre junho e julho.
Ameaça de greve – O prefeito de Garanhuns, Izaias
Régis (PTB), deve enfrentar também uma greve de professores da rede
municipal a partir da próxima quinta-feira. Ele diz que já deu aumento e
vai para o ataque: “Tem professor nosso que ganha R$ 9.035. O menor
salário de professor aqui é R$ 2.517. O piso é R$ 1.917,00 e nós pagamos
quase R$ 600,00 a mais de que o piso”. Está mostrando disposição para o
confronto.
Trabalhista sai na frente – Em Tuparetama, o
ex-prefeito Sávio Torres (PTB) já recebeu o aval do ministro Armando
Monteiro Neto (Desenvolvimento) para colocar na rua sua pré-campanha.
Ontem, o médico Renato Granjeiro, que rompeu com o grupo do prefeito
Dêva Pessoa (PSB), anunciou apoio ao trabalhista ao lado do deputado
Ângelo Ferreira (PSB).
Prêmio aos cumpridores – Ao
comentar, ontem, os 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, o
ex-deputado Joaquim Francisco (PSB), relator da matéria, defendeu a
implantação de um conselho de gestão fiscal e a criação de prêmios para
os entes estatais que estiverem cumprindo ano após ano os limites da
LRF. “Estados e municípios que cumprissem a regra teriam privilégios na
liberação de recursos da União. Os que não estivessem cumprindo a regra,
iriam para o fim da fila”, disse.
CURTAS
FIM DOS LIXÕES– A Codevasf fará uma parceria com 30
prefeitos do Pajeú para implantação de projetos relacionados à política
de tratamento dos resíduos sólidos. Com isso, os municípios poderão
cumprir a exigência em lei para que eliminem de vez lixões em áreas
urbanas.
VIOLÊNCIA– A violência no Sertão continua tirando o
sono dos passageiros da Progresso, empresa que monopoliza as linhas
diárias do Recife para o Sertão. Ontem de madrugada ocorreu mais um
assalto a um ônibus da empresa num trecho o distrito de Albuquerquené e a
cidade de Sertânia.
Perguntar não ofende: Por que a Dilma se recusou a aparecer no programa do PT que vai hoje ao ar em rede nacional de rádio e televisão.
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