Cerca
de dois mil militantes de diversas entidades ligadas à esquerda lotaram
durante todo o sábado (5) o Hall das Bandeiras da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais para o lançamento da Frente Brasil Popular. O
movimento pretende confrontar o avanço de uma pauta conservadora
imposta ao país, enfrentar a intolerância e a atitude antidemocrática
com unidade e com uma agenda política que mostre um caminho para o
Brasil, além de defender o mandato da presidente Dilma Rousseff (PT),
legitimamente conquistado nas urnas.
Segundo
a deputada federal Jandira Fegali (PCdoB), a Frente expressa desejo de
sair da defensiva e ir para a ofensiva. A comunista pondera que a ação é
um confronto de ideias, “com uma agenda, uma plataforma, uma visão
desenvolvimentista de Brasil”. A intenção, diz, é negociar a agenda com o
governo e com os partidos da base de sustentação no Congresso Nacional.
A agenda incorpora a defesa de uma política industrial e inovação.
A
Frente se propõe a fazer um contraponto às pautas conservadoras que têm
prevalecido nas esferas de poder da sociedade, inclusive com o apoio
maciço da mídia familiar.
A
Frente lançada em Belo Horizonte tem o apoio de militantes de entidades
como CUT, CTTB, MST, Via campesina, FUP, UNE, Levante Popular da
Juventude, Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres, Rede Nacional
de Médicas/os Populares, Associação de Juízes pela Democracia, diversos
sindicatos e Central de Movimentos Populares (CMP), entre outros,
incluindo os partidos políticos como PT, PCdoB e parte do PDT.
O movimento tem apoio de intelectuais e jornalistas.
Na
abertura do evento, o Coordenador Nacional do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, explicou,
segundo portal Minas Melhor, a necessidade de se defender uma nova
política econômica, “porque essa que está sendo aplicada não foi a
prometida na campanha de 2014”.
Na
opinião de Stédile, será preciso ampliar o movimento para reativar a
militância e estabelecer um calendário de lutas de massas. “Para
enfrentar as forças conservadoras desse país, que estão incrustadas em
todas as instituições dos Poderes Legislativo e Judiciário,
principalmente.” Para o coordenador do MST, a Frente é o espaço
primordial desse momento para a construção da unidade dos movimentos
sociais. “A nossa atuação se dará no espaço das ruas, onde poderemos
estabelecer uma correlação de forças com a direita brasileira, que nesse
momento tenta dar mais um golpe contra a sociedade, apoiando o
impeachment”, frisa.
Está marcado para o dia 3 de outubro um dia nacional de luta, cuja pauta será definida ao final da conferência.
Do 247
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