quinta-feira, 24 de março de 2016

CULTURA: SONETO DE FIM DE TARDE - POR EDUARDO GARCIA



Ao fim do dia nuvens passam,

tarde efêmera de céu gris,

pássaros silenciam, noite alcançam,

maiúscula lua, aqui estou diz.

 

Da chuva deitada por toda tarde,

dos afogados canais que inundam sonhos,

mesmo que pensamentos ainda tardem,

na memória reunidos, ordenados ponho.

 

Estiagem posta, plácida, vinda,

na calma intrínseca da sonhada paz,

vespertina dor que por ora finda.

 

Castiga solidão que se refaz,

companheira noite és bem-vinda,

atingindo o ápice, a calma jaz.

 

Livro Sentidos    ISBN  978-85-8469-041-1       EDA 70512

Nenhum comentário:

Postar um comentário