O
advogado, cantor e compositor Geraldo Vandré, nome artístico utilizado pelo
paraibano Geraldo Pedroso de Araújo Dia, em 1968 participou do III Festival
Internacional da Canção com “Pra não dizer que não falei de flores”, mais
conhecida por Caminhando.
A música surgiu como um apelo nacional de mudança e
veio ao encontro das aspirações do povo brasileiro que vivia um regime de
opressão e instabilidade econômica, social e política. A letra trazia toda a
força, inconformidade e chamado de luta e de mudança, características próprias
da juventude. Ela fala em união, igualdade, integração e aborda os problemas
sociais da época, a pobreza, a reforma agrária, a vida dos soldados nos
quartéis, a inutilidade das guerras, conclamando a todos para uma ação conjunta
de mudanças, sem demora.
A composição se tornou um hino de resistência do
movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar e foi
censurada. O Refrão “Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe
faz a hora, / Não espera acontecer” foi interpretado como uma chamada à luta
armada contra os ditadores, segundo os censores da época.
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES
Geraldo Vandré
Caminhando
e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos
campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Há
soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Nas
escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Vem,
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
(Colaboração
enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Fonte: Tribuna da Internet
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