domingo, 7 de agosto de 2016

VELAS AO VENTO - POEMA DA TIGRESA


VELAS AO VENTO
Eu quis viver
Mas tive medo
Quis ser importante
Mas não pude
Então brinquei
De jogar velas acesas ao vento
Depois quis parar
Mas não pude
Quis então, conhecer Deus
Mas não tive tempo
E quando quis a vida de volta
Fizeram-me raiz morta
Entre chamas e luz
Cinzas e salmos
Como velas ao vento.



(inspirado no memorial do Carandiru)
por Ilza Kozik   (Tigresa)


Sobre a Autora:

Tigresa é  professora formada em Pedagogia e Especialista em Ecologia, Educação Ambiental e Administração Escolar. Trabalha para o governo do Paraná. É pesquisadora  de  animais e plantas em reservas biológicas e parques naturais. Tem  122 matérias publicadas, entre artigos, poesias e comentários. 


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