Fotos: Diógenes Lima
Nos últimos anos, após a eleição do Prefeito Júnior Matuto,
do PSB, a cidade do Paulista, uma das mais importantes do litoral norte de Pernambuco, vem sofrendo
uma verdadeira agressão ao seu meio ambiente, através da devastação de parte
das suas matas, pelo setor imobiliário, contando com a anuência do Poder
Executivo local, e o silencio comprometedor do inoperante Poder
Legislativo e a acomodação acovardada
das lideranças políticas da cidade.
Paulista, que já foi chamada de “cidade dos Eucaliptos” e que
ostenta um IDH elevado, sendo considerado um dos mais altos índices de
Desenvolvimento humano da Região Metropolitana do Recife, pela qualidade de
vida dos seus habitantes, esgotamento sanitário, preservação da natureza e a beleza
das suas praias, poderá, no futuro perder esse status, pela degradação da
qualidade de vida causada pela
devastação das suas matas para
construção de imóveis.
A partir da década de
70, Paulista começou a ter a qualidade
de vida modificada devido à construção do Parque industrial têxtil e em
seguida através do financiamento do extinto BNH ( Banco Nacional de Habitação) a
Cohab/PE, construiu os conjuntos Habitacionais de Mirueira, Jardim Paulista
Alto e Jardim Paulista baixo; Arthur Lundgren I e Arthur Lundgren II; Jardim Maranguape,
Maranguape I e Maranguape II; Pau
Amarelo e o conjunto Beira-Mar, sendo
anteriormente construída a comunidade do mutirão, hoje, conhecida como Engenho
Maranguape, habitada por famílias que foram transferidas da favela do coque, na
cidade do Recife, pelo serviço Social contra o mocambo, autarquia criada nos
anos 50, pelo então Governador de Pernambuco, Agamennon Magalhães.
Avenida "Mané Pá" - antes do desmatamento
Atualmente, a população da
cidade do Paulista sofre um
rigoroso racionamento dágua, onde na comunidade
de Maranguape II, habitada por cerca de 60 mil pessoas, só recebem o
precioso líquido nas torneiras de três em três dias e dura menos de 24 horas.
Segundo a PEC aprovada pelo congresso Nacional e sancionada pelo governo federal, estão
suspensos por vinte anos os investimentos em diversos setores, inclusive, na
construção de saneamento básico, o que gera uma grande preocupação com a
construção de novas moradias em Paulista que com o racionamento dágua e sem
investimentos para a construção de redes de esgotamento sanitários, podemos
prever que a cidade que no passado exalava o aroma do eucalipto, no futuro,
poderá, exalar o mau cheiro dos detritos...
Escrito por Cláudio Lima




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