terça-feira, 4 de abril de 2017

O DESMATAMENTO PARA FINS IMOBILIÁRIO PODERÁ PREJUDICAR A POPULAÇÃO DE PAULISTA?

                                                               Fotos: Diógenes Lima

Nos últimos anos, após a eleição do Prefeito Júnior Matuto, do PSB, a cidade do Paulista, uma das mais importantes  do litoral norte de Pernambuco, vem sofrendo uma verdadeira agressão ao seu meio ambiente, através da devastação de parte das suas matas, pelo setor imobiliário, contando com a anuência do Poder Executivo local, e o silencio comprometedor do inoperante Poder Legislativo  e a acomodação acovardada das lideranças políticas da cidade.


Paulista, que já foi chamada de “cidade dos Eucaliptos” e que ostenta um IDH elevado, sendo considerado um dos mais altos índices de Desenvolvimento humano da Região Metropolitana do Recife, pela qualidade de vida dos seus habitantes, esgotamento sanitário, preservação da natureza e a beleza das suas praias, poderá, no futuro perder esse status, pela degradação da qualidade de vida causada pela  devastação das suas matas  para construção de imóveis.



A partir da   década de 70, Paulista começou a ter a qualidade  de vida modificada devido à construção do Parque industrial têxtil e em seguida através do financiamento do extinto BNH ( Banco Nacional de Habitação) a Cohab/PE, construiu os conjuntos Habitacionais de Mirueira, Jardim Paulista Alto e Jardim Paulista baixo; Arthur Lundgren I e  Arthur Lundgren II; Jardim  Maranguape,  Maranguape I e  Maranguape II; Pau Amarelo  e o conjunto Beira-Mar, sendo anteriormente construída a comunidade do mutirão, hoje, conhecida como Engenho Maranguape, habitada por famílias que foram transferidas da favela do coque, na cidade do Recife, pelo serviço Social contra o mocambo, autarquia criada nos anos 50, pelo então Governador de Pernambuco, Agamennon Magalhães.

                                              Avenida  "Mané Pá" - antes do desmatamento

Atualmente, a população da  cidade do Paulista sofre  um rigoroso racionamento dágua, onde na comunidade  de Maranguape II, habitada por cerca de 60 mil pessoas, só recebem o precioso líquido nas torneiras de três em três dias  e dura menos de 24 horas.

Segundo a PEC aprovada pelo congresso Nacional  e sancionada pelo governo federal, estão suspensos por vinte anos os investimentos em diversos setores, inclusive, na construção de saneamento básico, o que gera uma grande preocupação com a construção de novas moradias em Paulista que com o racionamento dágua e sem investimentos para a construção de redes de esgotamento sanitários, podemos prever que a cidade que no passado exalava o aroma do eucalipto, no futuro, poderá, exalar  o mau cheiro dos   detritos...

Escrito por Cláudio Lima


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