quarta-feira, 14 de junho de 2017

A MATA ATLÂNTICA - por Ilza Kozik




A Mata Atlântica é uma floresta costeira que se estende do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Até a época da colonização do centro-sul, adentrava uma grande faixa no continente. Era o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Hoje é o mais devastado, com aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal.








A floresta Atlântica é composta por altas montanhas de paredões abruptos com vegetação de musgos e líquens nas partes baixas. A baixo de 1400 m. está a vegetação arbórea ombrófila (dossel) e na parte baixa o sub-bosque. No dossel ficam as árvores altas, de tronco liso e copa circular. A presença intensa de luz solar transforma-o numa massa verde exuberante. O sub-bosque é úmido e com menos luminosidade. É composto por árvores de médio porte e vegetação arbustiva. Ambos são povoados por uma fauna típica e diversificada.


O solo da floresta é protegido pela serapilheira, (acúmulo de nutrientes) resultante da decomposição de folhas, galhos, troncos.




Vegetais e animais formam uma complexa teia de relações que possibilita o equilíbrio da Mata Atlântica. Essa interdependência utiliza mecanismos curiosos para a garantia da sobrevivência: o fruto da árvore alimenta o pássaro que, através das fezes dispersa a cápsula semente; há plantas, que perpetuam a espécie transportadas pelos ventos; outras que se agarram na pelagem dos animais; há ainda, as que são levadas pelos rios e as que são carregadas pelos insetos polinizadores: abelhas, borboletas e outros.


  Entre os coletores e estocadores de alimento (cápsulas sementes) estão a paca, a cotia, o serelepe. Eles enterram-nas mas não voltam para busca-las e o estoque germina. O tucano-de-bico-verde é um dos dispersores do palmito. E quem diria que as grandes caneleiras são plantadas pelos sabiás!



A intervenção humana rompe o equilíbrio do ambiente. A coleta desenfreada e a retirada da vegetação deixam os animais sem alimento e os mesmos acabam por desaparecer. Sem eles, a mata fica desequilibrada.

A Mata Atlântica é uma vítima do modelo de desenvolvimento predatório adotado no Brasil. Por conta desse modelo o pau-brasil foi extraído sem controle para suprir o comércio internacional; os recursos minerais foram, quase que, totalmente exauridos e a floresta e sua biodiversidade são depredadas para dar lugar às monoculturas, às florestas artificiais do pinus e do eucalipto e aos complexos industriais.


Essas ações predatórias provocam uma devastação tamanha! É melhor repensar o assunto. As gerações presentes e futuras vão cobrar isso, com certeza. Cadê a mata Atlântica que estava aqui?


O Paraná é responsável pela conservação e proteção da parte da Mata Atlântica, que está em território paranaense, ou seja, a região da Serra do Mar, tombada como patrimônio da humanidade, em 25 de julho de 1986

.
 Ilza KozikPedagoga e Especialista em Ecologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário