terça-feira, 24 de outubro de 2017

A crise moral brasileira e a hora da mudança


Paulo Farias do Monte*
                        Foto: Arquivo Google   compartilhado  por Cláudio Lima

Que o Brasil vive a maior crise ética de sua história, disso não há dúvidas.

Contudo, não há motivos para discursos histéricos, tresloucados, a ponto de desejar uma intervenção militar como saída. Só quem não tem memória ou não conhece a história recente do Brasil e da América Latina, defende a volta dos regimes totalitários.



Quantas mães sequer tiveram direito de enterrar seus filhos, vítimas das torturas praticadas por aqueles que comandavam o País com mão de ferro.

Nas ditaduras, não há estado democrático
 de direito e não há imprensa livre. A manifestação do pensamento é fortemente tolhida. Não há o contraditório e àqueles que discordam são logo condenados à tortura e a morte.

Alguns tolos levantam a voz para dizer que naquele tempo não havia corrupção. Só era o que havia. Porém nada era divulgado.

Àqueles saudosistas da instalação de um regime militar, aviso que há saída para tirar o Brasil do lamaçal em que se encontra e esse caminho passa pelas urnas em 7 de outubro de 2018, quando poderemos pôr fim a tudo isso, renovando a Câmara Federal, o Senado e as Assembleias Legislativas. Basta dizer um não bem retumbante às oligarquias, ao coronelismo, ao compadrio e aos políticos viciados detentores de vários mandatos.

É chegada a hora da Sociedade fazer a varredura. Jogar os representantes da velha política no ralo e eleger gente nova. Não sugiro trocar de nomes, apenas. É preciso que mudemos a substância, o conteúdo. Mudar o que está lá por gente vocacionada e com aptidão para servir e não para se servir.  Essa será a grande tarefa do povo no próximo ano.

É preciso que o povo vá às urnas em 2018 e use a sua mais letal arma, o voto, para livrar o Congresso Nacional e as Assembleias dos velhacos que lá se encontram, que são a grande maioria.

Aos saudosistas do Regime Militar, que pugnam insensatamente, por uma intervenção militar sugiro que mergulhem nos livros de história ou conversem com as mães e viúvas daquele regime de exceção, que sequer tiveram direito de enterrar seus filhos e esposos.

Como bem diz Beth Carvalho, em seu belíssimo samba: “Vamos lá rapaziada. Tá na hora da virada. Vamos dá o troco”.

*Advogado

Compartilhado do Blog do Magno Martins

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