sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Design Thinking é abordagem de sucesso para transformação social





Echos – Laboratório de inovação desenvolve projeto IRIS para livre expressão do feminino

O Brasil ocupa a triste posição de quinto país mais violento do mundo com as mulheres, perdendo apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. A violência e opressão de gênero resulta em média em 13 feminicidios por dia em território nacional. Ainda estamos longe de encontrar uma solução, mas já podemos nos orgulhar de iniciativas e abordagens que pensam, discutem e agem em cima desse problema.



A Echos - Laboratório de Inovação, referência nacional em Desing Thinking, foi convidada, em outubro do ano passado, a realizar, durante o evento What Desing Can Do – SP, o primeiro workshop de empatia profunda sobre o tema de violência contra a mulher.

O desafio era gerar uma experiência impactante para que homens e mulheres pudessem sentir na pele o que significa a violência contra mulher, uma vez que essa violência está tão presente e normatizada que fica camuflada em ações do nosso dia-a-dia. “A partir do desafio, e tendo o Design Thinking como abordagem, mergulhamos fundo para entender o que significa ser mulher em nossa sociedade. A experiência foi tão profunda e transformadora para alguma pessoas que depois de um ano, 12 workshops realizados e mais de 200 pessoas impactadas pela ação, o workshop de empatia profunda cresceu e deu origem ao projeto IRIS, que busca discutir e construir em nossa sociedade, permeando todas as camadas do design, a livre expressão do feminino,” explica Juliana Proserpio, Co-fundadora da Echos e diretora global de design

O projeto IRIS é resultado do que o Design Thinking pode fazer enquanto abordagem para transformação social. De maneira bem objetiva o design é capaz de criar soluções muito além do que é tangível, estético ou funcional. Ele ajuda a acessar toda a complexidade sistêmica de nossas relações, consegue criar conexões empáticas entre os seres humanos e, portanto, transformar pessoas, organizações, negócios e culturas.

Isso porque a abordagem do design está centrada no ser humano e por isso mesmo é uma poderosa solução para criar novas conexões, entender a complexidade do contexto e gerar empatia. “Por meio do design temos uma visão 360º dos aspectos físicos, psicológicos, sociológicos e culturais e, com essas informações em mãos, conseguimos atuar de maneira ativa na hora de desenhar a mudança que intencionamos para o mundo” argumenta Juliana.

A cultura de violência e desigualdade é tão presente em nossas relações sociais que é impossível separar vítima de agressor, opressor de oprimido. Estamos todos reproduzindo e alimentando ações e intenções que reforçam esse ambiente hostil. Apesar disso, temos a responsabilidade de transformar essa condição social de desigualdade e felizmente enquanto designers temos a capacidade de mudar nossa realidade e futuro

O IRIS inicia agora em novembro de 2017 uma nova fase, mais uma vez, tendo o design Thinking como abordagem, o projeto vai construir outra camada do design a prototipagem de ações

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