elo menos duas Câmaras de Vereadores do
Nordeste --Recife e São Luís-- anunciaram restrição ao acesso dos visitantes e
reforço na segurança em seus prédios temendo novos protestos que terminem em
ocupação ou atos de vandalismo. Já em Natal, houve medidas de controle de dados
dos visitantes.
No Recife, o presidente da
Câmara, Vicente André Gomes (PDT), anunciou nesta segunda-feira (26) que
determinou uma série de medidas para tentar "prevenir" ataques à
Câmara e pediu reforço de segurança policial.
A partir de agora, para ter acesso ao prédio
histórico do legislativo recifense, é preciso se identificar, informar o motivo
do acesso e, em caso de visita a um dos gabinetes, ser autorizado por um
assessor e acompanhado por um segurança. "Tenho que preservar pelo
patrimônio e pelos funcionários, que estão em pânico. Isso é uma casa pública,
não estou proibindo que ninguém entre. Mas é preciso respeito, certas normativas",
disse ao UOL.
O presidente citou como principal motivo para as
medidas o "desrespeito" a acordos do MPL (Movimento Passe Livre).
"Não posso permitir que uma planilha de objetivos deles se transforme em
planilha de terrorismo. Eles assumem um compromisso, e fazem outra coisa. Foi
assim na audiência transporte público, quando vieram e não saíram mais. Eu vi
um rapaz convocar os estudantes para queimar a Câmara, tocar fogo nos ônibus,
sendo aplaudido por todos. Na condição de gestor, tenho que me precaver",
afirmou. Outra medida solicitada pelo vereador foi a presença de policiais para
conter invasões.
Na última quinta-feira (22), um dia após um
protesto no Recife que terminou em vandalismo, a Secretaria de Defesa Social de
Pernambuco anunciou que iria adotar uma "nova postura" para coibir os
protestos violentos, aumentando o nível de protocolo de ação policial e
proibindo a presença de pessoas mascaradas. As mochilas dos manifestantes
também serão revistadas.
Segundo a secretaria, quem se recusar deverá ser
preso por desobediência e desacato. "A Constituição Federal no seu Artigo
5° garante a livre manifestação, porém veda o anonimato", disse o
secretário Wilson Damázio.
Do UOL
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