Cidades irmãs programam shows, corte de bolo e cortejos para festejar os 480 e 478 anos, respectivamente
Publicado em 11/03/2015, às 10h00
Do JC Online
Olinda e Recife são unidas pela geografia, cultura e amor dos seus habitantes
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Chegou a hora dos cerca de
1,6 milhão de recifenses e 388 mil olindenses se programarem para soprar
a vela de aniversário de suas cidades, que nesta quinta completam 478 e
480 anos, respectivamente. Cidadãos apaixonados, eles formam um
contingente que não deixa de se deslumbrar com o legado histórico e
cultural que ambas as cidades irmãs preservam ao longo do tempo, apesar
dos problemas urbanos que vivenciam. Para brindar a longevidade marcada
pela tradição, a programação de aniversário amanhã privilegia
manifestações culturais que bem representam a identidade das
aniversariantes, separadas apenas por sete quilômetros.
De um lado, a primogênita Olinda orgulha
os moradores com o título de mais antiga entre as cidades brasileiras
declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
E a caçula Recife, que nasce de dentro d’água, desperta os olhares
pelos rios que cortam a cidade em sinuosos movimentos. Mas pontos em
comum entre as duas não faltam, a exemplo da tradição do frevo, que
encanta moradores e turistas.
Por sinal, para comemorar as idades
novas, o ritmo será enaltecido na programação de amanhã (arte ao lado).
Os diversos cortejos que tomam conta das ladeiras de Olinda serão
marcados por orquestras e passistas de frevo, a partir das 16h. Também
enraizado na capital pernambucana, o gênero musical e poético está entre
os destaques da festa na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, a
partir das 17h.
É lá onde se reunirão artistas populares
e manifestações culturais. Sobe ao palco ainda o cantor Lenine, que
traz em suas composições influências de expressões culturais locais. A
festa também conta com a apresentação dos maracatus de baque solto Piaba
de Ouro e de baque virado Estrela Brilhante, além do cavalo-marinho Boi
Matuto do Mestre Salustiano. Eles brilham durante as comemorações
porque são expressões culturais que receberam do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em dezembro do ano passado, o
título de Patrimônio Cultural Imaterial.
Para comprovar que o Recife tem uma
vocação multicultural, a festa também será marcada pela campeã Gigante
do Samba – escola de Água Fria que, este ano, foi a campeã do concurso
carnavalesco pela oitava vez consecutiva.
Já no cortejo da Marim dos Caetés, o
encanto fica por conta da boneca Olinda, a mais nova integrante do time
dos gigantes. Morena, de lábios carnudos e com figurino rico em detalhes
que fazem alusão à cidade, ela promete reinar entre 50 bonecos, durante
desfile pelo Sítio Histórico, que sai do Alto da Sé rumo ao Palácio dos
Governadores, sede da administração municip
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