terça-feira, 10 de maio de 2016

Maranhão recua e revoga decisão de anular impeachment


PODER

 

Maranhão recua e revoga decisão de anular impeachment

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Sem apresentar justificativas, o presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), soltou um comunicado na madrugada desta terça-feira revogando sua decisão para tentar anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff: "Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016, por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre denúncia por crime de responsabilidade número 1 de 2015", diz o texto; após alegar que seu objetivo era "salvar a democracia", Maranhão foi ameaçado de expulsão pelo seu partido e teve sua decisão ignorada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que manteve a sessão do plenário desta quarta-feira

Antonio Cruz/ Agência Brasil: <p>Brasília - O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto acompanhado do presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, falam com a imprensa, após audiência com a presidente Dilma Rousseff (Antônio Cruz/Agência Brasil)</p>

Ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, disse que a presidente segue determinada para defender sua responsabilidade constitucional de "preservar a Constituição e a democracia no país"; "Isto significa continuar o debate junto ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal como instâncias e isso significa também preservar o diálogo junto à sociedade brasileira", afirmou Rossetto

MARANHÃO 247

Dino sobre Maranhão: discordo, mas respeito

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Apontado pela oposição como responsável pela decisão do presidente da Câmara em exercício, Waldir Maranhão (PP-MA), que ontem anulou o impeachment mas depois revogou sua própria decisão, o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB) se manifestou pelo Twitter: "Em face da decisão do Senado, Waldir Maranhão revogou sua decisão sobre o recurso da Advocacia Geral da União. Discordo, mas respeito. O deputado teve a coragem que poucos tiveram: votou NÃO ao golpe e tentou conter a marcha da insensatez. Tem o meu respeito. Muito difícil discordar e se manter firme diante dessa onda avassaladora e "consensual". Foi assim em 1964 e está sendo assim novamente", postou Dino; segundo ele, estamos diante de um absurdo político e juridico

BRASÍLIA 247

Mesmo com recuo, PP quer afastar Waldir Maranhão do partido e do cargo

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Praticamente decidida a afastar Waldir Maranhão do partido e da presidência da Câmara, a bancada de 47 deputados está reunida desde 10h30 nesta terça-feira; futuro do parlamentar, que ontem anulou o impeachment e depois voltou atrás de sua própria decisão, será oficialmente anunciado às 17h pela legenda, após encontro da Executiva Nacional; deputado Julio Lopes (RJ) afirmou que Maranhão cometeu "atentado contra o partido e contra a democracia" ao decidir, sozinho, sobre a suspensão de parte do processo na Câmara

BRASIL

OEA reitera: processo contra Dilma é golpe

LULA MARQUES: <p>Brasília- DF 15-04-2016 Presidenta, Dilma, durante encontro com Luis Almagro Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos Foto Lula Marques/Agência PT</p>
No Brasil para participação de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e para reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, foi novamente categórico sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff: é golpe; ao lado do presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, ele critica a falta de base jurídica e a antecipação de votos que permeiam o processo; segundo Almagro, os países sul-americanos enfrentaram ditaduras militares e são hoje conscientes da importância das regras democráticas; os eleitores, frisou, devem ter garantia de liberdade para exercerem sua expressão pelo voto e os políticos, a máxima garantia para serem eleitos e cumprirem seus mandatos: "No sistema presidencialista, existe um contrato entre as pessoas e o presidente eleito. Isso tem que ser respeitado, com a máxima certeza jurídica que embasa a democracia, para garantir o cumprimento desse mandato"

PODER

“Temos amplas condições de reversão deste quadro”

Gustavo Lima / Câmara dos Deputados: José Guimarães
Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), avalia que o governo deverá ser derrotado na votação do Senado sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas disse acreditar que ainda existem "condições de reversão deste quadro"; "Qualquer que seja o desdobramento desta crise, vamos continuar firmes. A presidente Dilma e eu não jogamos a toalha", disse; "Estou convencido que vamos continuar no governo. Temos ampla condições de reversão deste quadro", acrescentou

BRASÍLIA 247

Senado estuda quais direitos Dilma manterá se for afastada

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Por se tratar de um caso inédito, essa definição por parte do Senado não é prevista em Lei; como o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidirá a sessão que pode afastar a presidente por 180 dias nesta quarta-feira 11, o entendimento é de que, da mesma forma como faz um juiz ao proferir uma sentença, o parlamentar informe sobre as prerrogativas que Dilma manterá; isso deverá ser feito por meio de um projeto de resolução que virá da Mesa da Casa

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