Lançamento da campanha da chapa " Mudança tem nome, Cláudio Lima e vera na associação" - No fundo vemos a sede da associação antes de ser reformada pela administração Cláudio lima.
Nas disputas eleitorais nem sempre saem vitoriosos aqueles
que dispôem de uma grande estrutura de apoio financeiro e
político. È preciso saber utilizar essa
estrutura, ter serviços prestados à comunidade, gozar de boa reputação moral e
ideológica e apresentar propostas capazes
de sensibilizar os corações e
mentes dos eleitores para melhorar a qualidade de vida e
o desenvolvimento sócio-econômico e cultural da população.
Este fato ficou provado na disputa pela renovação da
Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da Associação de Moradores de
Maranguape II
.
Naquela ocasião, o conjunto Habitacional de Maranguape II
encontrava-se totalmente abandonado pelas autoridades estaduais e municipais:
Ruas totalmente esburacadas, esgotos estourados, escorrendo a céu aberto, falta de profissionais e medicamentos nos
postos de saúde, o transporte coletivo péssimo e as tarifas muito caras, os
serviços de telefonia móvel (orelhões) e a iluminação pública deficientes,
falta de policiamento e de um posto policial para amenizar o alto índice de violência na comunidade e a diretoria
da Associação de Moradores, inoperante, praticamente omissa aos problemas da
localidade, tornava Maranguape II esquecida pelas autoridades.
Neste contexto despertava na comunidade um grande sentimento
de indignação e de revolta e ao mesmo tempo por se tratar de um ano eleitoral
renascia a esperança dos eleitores na perspectiva de uma mudança na política
local, renovada pelas propostas dos candidatos a Prefeito
e vereadores.
Havia uma grande esperança no seio da população que sonhavam
com a eleição do ex-Prefeito Dr. Geraldo Pinho Alves, político muito
carismático e muito querido pelos munícipies de Paulista pelas obras
construídas e pelo zelo e carinho com que o Doutor Geraldo teria dedicado à
cidade durante a sua gestão
enquanto Prefeito do município.
No plano nacional e estadual a população sentia-se muito
desesperançada depois da frustração da malograda vitória do presidente Fernando
Collor de Melo, apresentado pela rede globo como o “caçador de Marajás” e que
logo após a sua posse se via envolvido numa série de acusações em esquema de corrupção
sob o comando do seu tesoureiro de campanha, Paulo Cesar Farias, enquanto no
estado de Pernambuco, o Governador Joaquim Francisco, aliado do Presidente
Collor, desenvolvia uma administração desastrada devido a escassez de recursos
por parte do Governo Federal, o estado amargava um alto índice de desemprego e
de violência urbana e uma epidemia de cólera, que teria estimulado o Governador
a proibir o banho de mar nas praias
pernambucanas.
A cidade do Paulista não se diferenciava das más
administrações dos governos Federal e Estadual, o gestor municipal, Ademir
Cunha, enfrentava problemas numa briga
interna com o seu vice, o engenheiro Marcondes Gonçalves e o desequilíbrio das
contas públicas que causavam o sofrimento dos servidores municipais pelos
constantes atrasos de pagamentos dos seus salários. Com poucos investimentos em obras públicas,
Paulista apresentava-se uma cidade estagnada.
Com o inicio da campanha eleitoral para a sucessão
municipal 05 candidatos (Antònio Speck,
Matilde Ferreira, Dr. Geraldo Pinho Alves, o Deputado Estadual, José de Castro
Resende e a Professora Glória) se apresentavam numa disputa acirrada, onde o
Deputado José Resende e o Dr. Geraldo reuniam as preferências dos eleitores.
Neste cenário a
população de Maranguape II se preparava para eleger uma nova diretoria para a
Associação de Moradores.
Diante o abandono em
que se encontrava o bairro todas as lideranças e candidatos a vereadores da
comunidade uniram-se em torno de uma chapa única que obtivera o apoio de dois
candidatos a Prefeitos, vários candidatos a vereadores de outras comunidades,
comerciantes, clubes esportivos e blocos carnavalescos numa grande concentração
de forças políticas, comunitárias, comerciantes e de um grande empresário da
construção civil em apoio a chapa única encabeçada pelo veterano e experiente
líder comunitário Walter Lippo.
48 horas antes do
registro oficial da chapa, o líder comunitário Walter Lippo reuniu o seu poderoso grupo na palhoça do Arnaldo para os
acertos finais, em clima de comemoração por se tratar de uma chapa única.
Convidado por um amigo
para participar da reunião pedí a palavra para parabenizar o grupo e desejar
uma feliz gestão no comando da Associação e mesmo na condição de morador
recente coloquei-me à disposição do grupo para ajuda-los no que precisassem até
mesmo para capinar um matagal nos arredores do prédio da associação ou para
fazer a faxina nos sanitários que se encontravam imundos para uso público.
Após a minha fala
alguns componentes do grupo do Walter Lippo teceram duras críticas a minha
pessoa, acusando-me de oportunista e politiqueiro e que eu era totalmente
desconhecido da comunidade estaria querendo aparecer e me promover
politicamente às custas da chapa já vitoriosa e que não precisavam do meu apoio
e pediram para retirar-me do recinto.
Diante a falta de sensatez
e o excesso de ignorância de alguns membros do grupo do Walter Lippo, senti-me indignado e como “Fera
ferida” dei dois murros na mesa e usei
da palavra mais uma vez para provocá-los
e devolver os insultos afirmando que a partir daquele instante eu não seria
mais um desconhecido pela população de Maranguape II e que mesmo restando
apenas menos de 48 horas para o encerramento das inscrições de chapas para
concorrerem ao pleito da Associação eu iria formar uma chapa para concorrer
contra eles. Não consegui conclui a minha fala sendo enxotado do local sob
apupos e vaias e diversas sandálias atiradas contra a minha pessoa.
Ao sair do local da
reunião respirei fundo e com um sorriso na face agi como um “cachorro louco”
abordando todas as pessoas que encontrava na minha frente e me apresentava como
candidato a presidência da Associação de Moradores para desenvolver um mandato
revolucionário, democrático e participativo e disposto a lutar pelos anseios da
comunidade.
Dentro do prazo
previsto pelo regulamento registramos a nossa chapa de nº 3 deixando o grupo do
Walter Lippo, perplexo.
E, assim, durante 30
dias de campanha a chapa 3 denoninada
“Mudança tem nome, Cláudio Lima e Vera na Associação “ formada por 14
membros sendo a maioria do sexo feminino, realizamos uma campanha
revolucionária, com grande destaque para a minha companheira de chapa, a agente
comunitária de saúde, Vera Lúcia e o apoio de apenas um grande líder
comunitário, o ex-presidente da Associação e sindicalista Francisco Barbosa,
que conseguiu com a presidente do Sindisprev, a Vera Barone, 3 mil panfletos que
foram rodados na gráfica do sindicato e o comunitário Loli, conseguiu o trio
elétrico do candidato a vereador e empresário Mesquita Babá para fazer o comício de encerramento da nossa
campanha.
Durante toda a campanha
fomos hostilizados por alguns membros do grupo do Walter Lippo. O Diretor da
biblioteca comunitária de Maranguape II acusava-me de ter formado um grupo de
“pega na rua” com pessoas inexpressivas
que não reunia condições de ganharmos uma
eleição para a Associação.
E, assim, no dia 26 de
julho de 1992, após uma disputa muito acirrada e uma diferença de apenas 10
votos (500 x 510), a chapa “Mudança tem
nome” Com Cláudio Lima e vera Lúcia
conquistavam uma vitória histórica, provando que nem sempre o “Milhão vence o tostão! “.
Ao relembrar este fato
histórico rendemos as nossas homenagens a todos e todas pessoas que
participaram da chapa e no ajudaram nessa conquista:
- a sindicalista Norma
Lúcia do nascimento; Antonieta Messias; Joel Pereira; Dona Ana carvalho;
Isaías Gomes; Itamar Rodolfo; Tino; Dona
nil; Dona Sandra da unidamas; Marcos; Loli
e Valdir Miguel...
ERRATA: A professora Glória foi a candidata a vice-prefeita na chapa com o quinto candidato a Prefeito o ex-vereador Carlindo Batista.
ERRATA: A professora Glória foi a candidata a vice-prefeita na chapa com o quinto candidato a Prefeito o ex-vereador Carlindo Batista.
Escrito por Cláudio
Lima.

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