As
abelhas (Apis mellifera) pertencem à grande família Apoidea e são parentes das
vespas e das formigas. Não se tem uma
data precisa, mas já eram conhecidas na antiguidade
quando o mel, cera e própolis já eram considerados produtos de alto beneficio.
A colônia é uma “monarquia”. A rainha vive até
cinco anos. Seu alimento é a geléia real e sua função é a reprodução. Os zangões são os machões, cuja função é fecundar
a rainha. Serviço feito, eles geralmente morrem. As operárias são milhares, sua
função é alimentar e proteger a rainha e a colméia, colher a matéria-prima
(pólen), transportar, fabricar o mel, própolis e cera e armazenar nos depósitos
(favos) da colméia. As mesmas vivem de 28 a 48 dias. Alimentam-se do néctar das flores e na busca pelo pólen, elas
acabam por polinizar plantações. Por isso, entre os insetos, são os mais
importantes polinizadores.
Em 2006,
apicultores dos Estados Unidos começaram a notar que suas colônias de abelhas
estavam desaparecendo. Os cientistas que investigaram comprovaram o fenômeno e
o denominaram de “síndrome do colapso das colônias”. Em 2013, dados mais
recentes, demonstram que o fenômeno continua e se intensifica ano após ano. É
um mistério, pois não são constatados insetos mortos nas proximidades das
colmeias. Atualmente pesquisas vem sendo realizadas por um grupo de cientistas
de 60 paises sobre as razões do sumiço das abelhas. O Brasil está incluso neste
trabalho.
Entre as
possíveis causas do extermínio gradativo das abelhas está o uso de pesticidas
porque eles afetam não apenas os insetos considerados pragas, mas também os
polinizadores. A monocultura que, por produzir um tipo somente de flor, causa
subnutrição, pois não há diversidade de proteínas. Os transgênicos por serem
pouco conhecidos podem estar interferindo na sua genética. E ainda, a poluição
sonora causada pelas torres de celulares pode estar causando interferência no
seu sistema de orientação. Essas teorias ainda não foram comprovadas
cientificamente.
No Brasil, a espécie doméstica é
a africanizada, resultado do cruzamento entre a Apis Mellifera (abelha
europeia) e a abelha africana. Um hibrido mais resistente a doenças e com maior
capacidade de reprodução. (Bioessens,2013)
Mesmo com
a africanizada, apicultores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e
Minas Gerais têm relatado diminuição de suas colméias, sem explicação
plausível.
O sumiço das abelhas não afeta só a produção de mel
pois, Santa Catarina é o maior produtor de maçãs do país e a polinização desses
pomares é feita por milhões de abelhas.
“Noventa por cento da produção de maçã no estado depende diretamente da
polinização pelas abelhas domésticas”. (Orth, Fitotecnia - UFSC)
Medidas
simples podem ajudar: não aplicar pesticidas em épocas de florada, fazer
aplicações no final do dia quando as abelhas já se recolheram. Plantar flores
de espécies diversas em jardins e árvores floríferas em parques e propriedades
rurais. Conservar os campos naturais de flores silvestres e espécies que nascem
aleatoriamente à beira de estradas como fazem os lírios do campo.
* Ilza
Kozik
Pedagoga
e Especialista em Ecologia
Fotos/imagens> Arquivo google
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