quarta-feira, 24 de julho de 2019

AO CRITICAR AÇÃO CONTRA O INPE, LÍDER DO PSB NA CÂMARA DIZ QUE BOLSONARO É INCONSEQUENTE





Jair Bolsonaro caminha para entrar na história como o chefe de governo mais inconsequente que o Brasil já teve.





A afirmação foi feita ontem pelo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar, ao comentar as declarações do presidente sobre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entidade de capacidade reconhecida no mundo inteiro e que vem sofrendo ataques pesados por parte do governo federal.

“Bolsonaro pôs sob suspeita os relatórios do Inpe referentes ao desmatamento da Amazônia, fato que provocou revolta em vários países para quem o modelo adotado pelo Brasil é, hoje, uma referência”, afirmou o parlamentar para quem o presidente estimula a falta de transparência em uma área que precisa ser aberta, como é o caso do meio ambiente e da sustentabilidade.

Outro ponto muito criticado foi a quantidade de atos e discursos “desastrados” emitidos pelo presidente nos últimos dias. 

Para Tadeu, Bolsonaro, ao produzir situações que não condizem com a função de mais alto mandatário da Nação, se aproveita desses destemperos para esconder da população temas mais delicados.

“Do presidente da República, nos últimos seis meses, a gente já viu de tudo. O Congresso tem se comportado à altura de uma agenda que ele próprio colocou, que nós discordamos na forma e no conteúdo, mas achamos importante discutir. O problema é que todas as semanas, quase todos os dias, o presidente cria uma crise nova. 

Alguns acham até que se trata de umas manobra diversionista para encobrir pautas duras para a população”, afirmou. E deu o exemplo da reforma da Previdência, que atinge tão duramente milhões de pessoas, e a população, “anestesiada, parece que não é com ela”.

Tadeu Alencar citou a briga mais recente de Bolsonaro, com os governadores do Nordeste, quando,preconceituosamente, chamou a todos de “paraíbas” e anunciou publicamente uma retaliação a quem considera inimigos. 

“Ele usou uma expressão redutora. Não usou o sentido altivo e libertário da Paraíba que tem uma atitude positiva no ‘Négo’ de sua bandeira. Mas usou (o nome do Estado) com discriminação e com preconceito”. acrescentou.

O parlamentar citou, entre outras ações agressivas de Jair Bolsonaro a exclusão de 13 representes da sociedade civil do Conselho Nacional de Políticas Anti-Drogas; o esvaziamento da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mediante o esvaziamento financeiro das instituição e a censura à sua produção, através da adoção de filtros temáticos. 

“Ele (Bolsonaro) não é dono do Brasil. É apenas o presidente eleito”, concluiu o líder socialista.

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